O vento soprou o chapéu do velho, o vento soprou o vestido
da moça que passava
O vento soprou o jornal que o político lia, o vento soprou a
plantação do fazendeiro
O vento sopra-me pelos tempos, eis os tempos que caminho
como um andante, como um aprendiz.
O velho jogou ao vento todo o seu destino, cheio de certezas
deixou-o embarcar; Eu, cheio de incertezas, retenho meu destino em minhas mãos,
e sinto o vento como símbolo do tempo que em outrora passou por mim.
Diz o sábio:
_ O vento passou, levou, limpou, destruiu...
E eu vou passando, levando, limpando, destruindo...
Sou o vento, sou o tempo...
...Sinto saudades... Já faz um tempo...
Eu vou me esquecendo,
Dizendo-me, que não volto mais...
Raphael F. Lopez 20/04/2013
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