terça-feira, 30 de abril de 2013

E se...


E se a primavera nunca acabasse?
E se seu amor fosse infinito?
e minha alma pequena demais para sonhar?
Lá no horizonte caminha o meu corpo despido de ter, caminha sem fronteiras
São portas que você fechou para mim, são sinais que você deixou em mim
E se eu não resistir à sua falta? E se a ferida que ficou for fatal?
Ai eu deixarei de caminhar, de sonhar jamais, porque assim poderei sonhar com a vida que deixei de viver quando partiu sem mim.
E se a primavera nunca acabasse?
E se seu amor fosse infinito?
E se de repente tudo fosse fraternidade
E se eu pudesse com um barco de papel atravessar oceanos para te buscar pra mim?
Ah sim, a primavera acaba, a carne acaba, o amor acaba, a fraternidade acaba.
Mas meus sonhos são infinitos, eu não deixo de sonhar
Assim posso sonhar com a primavera infinita, com a alma sem carnes, e com o amor eterno.


Raphael F. Lopez

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