sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Conhecer-me é duro como ouro


Conhecer-me é duro como ouro...
Conhecer-me como o eterno errante de outrora, como o eterno andante na busca pelos segredos do universo. Somos assim, uma busca sem fim.
Gostaria de pensar como um adulto e sonhar com olhos de criança, só para sentir o sabor daqueles chocolates, aqueles que toda criança quer ,como se fosse à felicidade inanimada, a vida da diversão sem precedentes. Crianças, eternas crianças devemos ser; elas não sabem viver, por isso não pensam o que precisam para isso , apenas vivem, fazem da vida um bem em si mesmo.
Conhecer-me é duro como ouro...
Conhecer minha amada foi uma das mais doces visões dessa sutil vida. Aqueles olhos negros adentraram o meu corpo sem pedir licença, sem pedir permissão, pra nunca mais sair. O amor é assim, quando menos se espera ele nasce silencioso, percorrendo sutilmente a sua alma, até demonstrar os mais belos sonhos que um ser humano pode sonhar. Ah! Que olhos eram aqueles, meu Deus! Brilhantes como estrelas do céu de um poeta. E se um dia aquela visão de eternidade chegasse aos meus olhos novamente, poderia sentir a felicidade transbordar o meu corpo como se tudo fosse ilusão, e só o momento existisse... Só o momento...
Conhecer-me é duro como ouro...
Conhecer-se é como sentir a mais doce melodia de um piano ecoar pelos céus. Ecoar por céus imensos de possibilidades, de um arco-íris ainda para ser atravessado. Quero aceitar o sublime dom de viver, como se não existisse amarguras de sonhos não realizados. Quero ser uma simples borboleta, viver intensamente, viver cada momento eterno como se nele resumisse toda a esperança de uma criança. Quero apenas essa existência vestal, e me embriagar diante dos olhos de minha amada. Quero me tornar aquilo que sou. Filosofar com palavras de filósofos e enlouquecer com canções serenas.  Ah! Se soubessem viver, não saberiam viver.
Conhecer-me é duro como ouro...
Cada um precisa se tornar o que é. ‘Navegar por seus próprios mares nunca dantes navegados’, atravessar ‘além da dor’, e criar seu próprio Cabo da boa esperança. Que estejamos prontos para enfrentarmos a nós mesmos, produtos do ser humano. Agora, quero descansar, olhar o sol poente, nascer junto com ele em uma manhã de novas expectativas. Quero apenas seguir o meu pequeno trajeto, por essa estrada sem fim; travar essa batalha perdida, viver esse amor sonhado, transformar ruínas em castelos, pessoas em borboletas. Que eu possa estar no mais ínfimo lugar deste planeta, levarei comigo o desejo de sempre recomeçar, de sempre colocar diante de mim aquela criança que outrora não sabia viver. Mostre-me os seus olhos para que um dia aquela visão de eternidade habite a minha alma e eu possa sentir a felicidade transbordar o meu corpo como se tudo fosse ilusão, e só o momento existisse... Só o momento...
Conhecer-me é duro como ouro... Mas, sorte a minha que és duro, pois se não fosse, nada valeria o ouro.

Raphael Ferreira Lopez 23/02/2013

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