Dos louros que haviam de pousar
sobre os cabelos fartos humanos,
já não mais lá hão de habitar,
Os reinos que em outrora, apreciaram
grandes cajados a descer sobre o chão duro,
já de histórias infantis foram tomados.
O primeiro grito ecoou sobre a úmida relva,
o primeiro grito desencadeou uma vida,
um coro de gritos foi ouvido...
A faísca da existência foi lançada,
no meio de uma selva qualquer
a dar origem ao homo poiesis.
Bradou sobre a selva mais escura
a menos desbravada de todas selvas
a mais selvagem e mais temida.
Bradou sobre o espírito humano.
Quando atingiu o alto do monte,
nunca dantes escalado,
e hasteou sua bandeira
esvoaçada pelo vento forte,
erguida foi uma coroa, e suscitado foi
com honrarias, rei de si próprio.
Casta são as histórias,
Santo sejam os corações que
hão de ter sempre flores nas mãos,
e que meus afagos sejam agraciados
Minhas dores por amores sejam perdoadas
porque metade de mim é prosa
e a outra metade, poesia.
Raphael F. Lopez
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