domingo, 22 de junho de 2014

Homo poiesis

Dos louros que haviam de pousar 
sobre os cabelos fartos humanos,
já não mais lá hão de habitar,
Os reinos que em outrora, apreciaram
grandes cajados a descer sobre o chão duro,
já de histórias infantis foram tomados.
O primeiro grito ecoou sobre a úmida relva,
o primeiro grito desencadeou uma vida,
um coro de gritos foi ouvido...
A faísca da existência foi lançada, 
no meio de uma selva qualquer
a dar origem ao homo poiesis.
Bradou sobre a selva mais escura
a menos desbravada de todas selvas
a mais selvagem e mais temida.
Bradou sobre o espírito humano.
Quando atingiu o alto do monte,
nunca dantes escalado,
e hasteou sua bandeira 
esvoaçada pelo vento forte,
erguida foi uma coroa, e suscitado foi
com honrarias, rei de si próprio.

Casta são as histórias,
Santo sejam os corações que
hão de ter sempre flores nas mãos,
e que meus afagos sejam agraciados
Minhas dores por amores sejam perdoadas
porque metade de mim é prosa
e a outra metade, poesia.


Raphael F. Lopez

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