domingo, 23 de maio de 2010

Platão: O Mito da caverna

Uma grande caverna no solo, cujo único contato com a parte de fora , com o mundo, é uma estreita fenda que permite a tênue réstia de luz entrar. Dentro estão seres humanos acorrentados, sentados de costas para a entrada da caverna , sem poder se mexer e de frente para um paredão que é o fundo da caverna. Não podem ver a realidade, o que acontece no mundo. Vivem assim desde o nascimento e por muitas gerações. A pouca luminosidade proporciona no paredão apenas o aparecimento das sombras, de tudo que acontece no exterior. Os prisioneiros tem uma visão dos seres humanos andando e conversando, dos animais, dos artefatos variados,..............apenas nas imagens refletidas. Mas certo dia um prisioneiro movido pela curiosidade, resolve fugir e consegue fabricar um objeto que quebra suas correntes, e sai da caverna pela pequena passagem. Seu primeiro contato com o exterior é de total cegueira pela luz do sol, pois seus olhos só conhecem a escuridão e aos poucos se acostumam. È um momento de encantamento e descobertas, nota que tudo que via antes eram apenas sombras , nada era real. Resolve que só volta para a caverna obrigado e vai contar toda a verdade para os que ficaram levando todos à liberdade. Foi difícil sair de lá, mas , será muito mais voltar . Terá que se acostumar novamente com as trevas e é muito mais fácil se acostumar com a luz. Sem opção , foi preciso voltar. Não consegue mais se comportar como antes, é desajeitado. Conta toda a verdade aos amigos que não acreditam nele e corre o risco até de ser morto por eles. Para Platão, grande filósofo é assim que se processa o conhecimento em cada ser humano. Portanto, todos somos prisioneiros dos preconceitos, da falta de opinião, da falta dos sentidos, do medo, da acomodação,....... Um dia os grilhões são partidos, escapa, é um filósofo, seu esforço para sair é igual a uma faísca de conhecimento verdadeiro. È a libertação mental, a busca da verdade e dos conhecimentos. Quando volta para a caverna é para ensinar aos que ficaram, como sair dela, como procurar as coisas do mundo. Os olhos podem ver e alma vai conhecer. Ao sair de lá, o destino é a LUZ, ao pensar o destino são as IDÉIAS. Esta é a grande importância da procura do saber, da procura da verdade, da essência da vida humana. Deixar as TREVAS para encontrar a LUZ. Deixar a IGNORÂNCIA para encontrar o CONHECIMENTO.

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